domingo, 12 de setembro de 2010

Chesterton e meu domingo


Trago-lhes um pedacinho da luz do pensamento de Chesterton, meu companheiro nas últimas horas vagas:


"(...) Um poeta está tão separado de seu poema que ele mesmo refere-se a ele como uma coisinha que foi jogada para fora. Até mesmo no ato de produzi-lo ele o jogou para fora. Esse princípio segundo o qual toda criação, toda procriação é um desprender-se é no mínimo coerente através do cosmos como o princípio evolucionário de que todo o crescimento é uma ramificação. Uma mulher perde o filho exatamente quando o está dando à luz. Toda a criação é separação. O nascimento é uma despedida tão solene quanto a morte.

O princípio filosófico básico do cristianismo era que esse divórcio no ato divino de criar ( como o que separa o poeta do poema ou a mão do filho recém-nascido ) era a verdadeira descrição do ato com o qual a energia absoluta criou o mundo. Segundo a maioria dos filósofos, Deus ao criar o mundo o escravizou. Segundo o cristianismo, ao criá-lo Deus o libertou."