sábado, 24 de abril de 2010

Agnóstico defende o Santo Padre.

por Marcello Pêra,italiano, filósofo agnóstico e senador.Publicado no Corriere della Sera 17.III.10
Caro Director,
A questão dos padres pedófilos e homossexuais que surgiu recentemente na Alemanha, tem como alvo o Papa. Cometer-se-ia, no entanto, um grave erro se pensássemos que o golpe não conseguiria atingir o alvo, dada a enormidade da iniciativa. E seria um erro maior ainda se se considerasse que a questão será rapidamente ultrapassada, como tantas outras. Não é assim. Está em curso uma guerra. Não apenas contra a pessoa do Papa porque, nesse campo, a guerra é impossível. Bento XVI tornou inexpugnável na sua imagem, na sua serenidade, na sua limpidez, firmeza e doutrina. Basta o seu sorriso manso para derrotar um exército de adversários.
Não, a guerra é entre o laicismo e o cristianismo. Os laicistas sabem que se um esguicho de lama atingir a batina branca, conseguir-se-á sujar a Igreja e, se se sujar a Igreja, então ter-se-á também sujado a religião cristã. É por isso que os laicistas acompanham a sua campanha com perguntas como: “Quem mandará ainda as suas crianças à Igreja?”, ou, “quem mandará ainda os seus filhos para um colégio católico?”, ou mesmo, ainda, “quem irá tratar os seus filhos num hospital ou clínica católica? “. Há alguns dias atrás, um laicista deixou escapar a sua intenção. Escreveu assim: “a extensão da difusão do abuso sexual de crianças por padres põe em causa a própria legitimidade da Igreja Católica, como garante da educação dos mais pequeninos.” Não importa que esta sentença não tenha provas e esteja cuidadosamente escondida sob a fórmula “extensão da difusão”: um por cento de padres pedófilos? Dez por cento? Todos? Não importa que a sentença seja desprovida de lógica: basta substituir “sacerdotes” por “professores”, ou por “políticos”, ou por “jornalistas” para “minar a legitimidade” das escolas públicas, dos parlamentos ou da imprensa. O que importa é a insinuação, mesmo à custa da grosseria do argumento: os padres são pedófilos, assim a Igreja não tem autoridade moral, logo a educação católica é perigosa, pelo que cristianismo é uma fraude e um perigo.
Esta guerra do laicismo contra do cristianismo é uma batalha campal. Deve-se trazer à memória o nazismo e o comunismo para encontrar uma situação similar. Mudam os meios mas o fim é o mesmo. Hoje, como ontem, o que se pretende é a destruição da religião. Na altura a Europa pagou o preço por esta fúria destrutiva com a sua própria liberdade. É incrível que, especialmente na Alemanha, enquanto se bate continuamente com a mão no peito devido à memória do preço que se infligiu por toda a Europa, na Alemanha que hoje é uma democracia, se esqueça e não se entenda que a própria democracia estaria perdida se o cristianismo fosse apagado. A destruição da religião comportou então a destruição da razão. E hoje não significará o triunfo da razão laica, mas uma nova barbárie. Sobre o plano ético aí está a barbárie de quem mata um feto porque a sua vida seria prejudicial para a saúde psíquica da sua mãe. De quem diz que um embrião é um “monte de células” bom para experiências cientificas. De quem mata um velho porque ele já não tem uma família que o trate. De quem apressa o fim de um filho porque não está consciente e é incurável. De quem pensa que “progenitor A” e “progenitor Pai B” é o mesmo que “pai” e “mãe”. De quem acredita que a fé é como o cóccix, um corpo que já não participa na evolução porque o homem não já não precisa da cauda e está erecto por si mesmo. E por aí adiante. Ou então, e considerando o lado político da guerra dos laicistas ao Cristianismo, a barbárie será a destruição da Europa. Porque, abatido o cristianismo, permanecerá o multiculturalismo, que acredita que cada grupo tem direito à sua cultura. O relativismo, que pensa que cada cultura é tão boa quanto qualquer outra. O pacifismo, que nega que o mal existe.
Esta guerra ao cristianismo não seria tão perigoso se os cristãos a compreendessem. Em vez disso, todas estas incompreensões envolvem muitos deles. Teólogos frustrados pela supremacia intelectual de Bento XVI. Bispos inseguros que consideram que qualquer compromisso com a modernidade é o melhor modo de actualizar a mensagem cristã. Cardeais, em crise de fé, que começam a sugerir que o celibato dos sacerdotes não é um dogma, e que talvez fosse melhor reconsiderá-lo. Intelectuais católicos felpudos que pensam que há uma questão feminina dentro da Igreja e um problema não resolvido entre o cristianismo e sexualidade. Conferências episcopais que se enganam na ordem do dia e que, enquanto esperam por uma politica de fronteiras abertas para todos, não têm a coragem de denunciar as agressões que os cristãos sofrem e as humilhações que são forçados a provar ao serem todos, indiscriminadamente, sentados no banco dos réus.
Ou ainda aqueles chanceleres vindos dos países de leste que exibem um belo ministro homossexual enquanto atacam o Papa sobre qualquer assunto de natureza ética,ou aqueles que nasceram no ocidente e que pensam que o ocidente deve ser laico, isto é, anti-cristão. A guerra dos laicistas continuará, senão por outra razão porque um Papa como Bento XVI, que sorri mas que não se afasta um milímetro, a alimenta. Mas se se perceber porque é não se afasta, então toma-se o assunto em mãos e não se espera o próximo golpe. Quem se limita unicamente a solidarizar-se com ele é como alguém que entra no Jardim das Oliveiras de noite e em segredo, ou como alguém que não entendeu o que está a acontecer.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Reflexões 1#


"Em última instância, em nenhum outro lugar exceto na base de nosso próprio ser. Lá, na profundeza, não há mais distinção entre o eu e o não-eu. Há perfeita paz, porque estamos alicerçados em infinito Amor criativo e redentor. Lá encontramos Deus, que os olhos não veem...”

Thomas Merton, Monge Trapista.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A vitória do celibato!

Eu sei, a imagem é cruenta, mas é com ela em mãos que neste tempo de tormenta grito : O celibato já venceu!

Recentemente ,temos acompanhado na "grande mídia" , a Santa Igreja vem sendo alvo de sérias acusações, sacerdotes pedófilos são conhecidos todos os dias e nesta polêmica. Mas observe que estranho, só alguns dados: 0,9 %(www.midiasemmascara.org) dos casos de pedofilia conhecidos foram cometidos por padres, o resto, por pais de família, ateus, homossexuais, protestantes (inclusive, pastores), jornalistas, políticos (!), Membros do MST e por ai vai ; cerca de 80% dos crimes de pedofilia cometidos por padres são cometidos por sacerdotes homossexuais (www.midiasemmascara.org); a "grande mídia" já havia divulgado a maior parte dos casos de pedofilida que estão sendo trazidos de novo a tona e tem repedito,pois, estes casos nos noticiários,mas por quê? Um padre pedófilo é uma ótima mercadoria e melhor que vender uma vez é vender duas vezes, não acha? O Papa tem sido impecável no combate à pedofilia, mas existe um poderoso movimento(Regnum Cristi) fundado pelo falecido Padre Marcial Maciel (pedófilo, confirme em http://www.regainnetwork.org/) que atrapalha com sua influência os trabalhos do Santo Padre, você foi informado disso pela mídia? Você sabia ainda que segundo a psicanálise(na opinião deste estudioso > http://www.midiasemmascara.org/artigos/ciencia/10963-celibato-e-pedofilia.html) o celibato não poderia ser visto como causa da pedofilia, mas o homossexualismo sim?

A algumas décadas atrás viveu este homem santo da foto que postei, um tal de Padre Pio. Comprovadamente por sua intercessão, em vida e após a morte, milhares de pessoas foram curadas. Ele manifestou diversos dons sobrenaturais raríssimos como o da bilocação, teve ,por ação de Deus, durante 50 anos os estigmas de Cristo nas mãos, médicos religiosos e céticos estudaram suas feridas e nenhum conseguiu atribuir causas naturais às mesmas. Padre Pio era celibatário. Neste momento de tribulação só nos resta contemplar a verdade e dizer:
Nós amamos Padre Pio,
Nós amamos seu exemplo de santidade,
Nós amamos o verdadeiro celibato, que venceu em Cristo e que vence em todos os sacerdotes que vivem segundo a sua palavra!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ecumenismo ? Ame como Cristo, como um Católico.


Boa noite irmãos e irmãs e Cristo Jesus!


Ao ler o título que escolhi para esta postagem pode parecer que tenho repúdio por práticas ecumênicas, eu sei, mas não é o caso, o que não me impedirá de polemizar um pouco.

Não sei se isso acontece com vocês, mas tenho uma grande dificuldade de "ser ecumênico", explico: nunca sei se estou relativizando a fé católica para me aproximar do irmão que não compartilha da mesma religião ou se estou sendo ortodoxo demais, impiedoso talvez. Na verdade sempre que sinto no coração um desejo de buscar uma solução ecumênica para uma determinada situação fico num pólo ou no outro, ou seja, ou me sinto negligente com as verdades da fé católica ou me sinto ortodoxo em demasia.

Recentemente, num dos encontros preparatórios para a crisma, houve um debate sobre a questão do ecumenismo. Uma irmã disse que para ela "o importante era ter uma religião e crer em Jesus, se você escolheu a Batista, a Assembléia de Deus ou a Católica tanto faz, o Deus é um só, não podemos bater boca com os evangélicos porque eles são cabeça dura e não nos aceitam". Não pude ficar calado e dei início a um longo debate, já que discordo categoricamente desse "jeitinho brasileiro" de sair sempre pela tangente e descambar para o sincretismo religioso. Não somos como os outros "cristãos", somos infinitamente diferentes, nem precisamos de muito esforço para fazer esta constatação. Observe: tire da sua vida a Eucaristia; depois tire Maria, afinal poderia ser outra né? Tire os Santos, inclusive aqueles que são grande fonte de inspiração para você na sua luta constante por santidade, os estigmas de Padre Pio? São mentira seu idólatra! A inquisição foi um genocídio cometido de padres perversos e não ouse discordar disso; celibato? O certo é que todos se casem, igore a passagem do Evangelho que diz que alguns se fariam eunucos pelo Reino, afinal são só alguns versículos né? não seja tão rigoroso, além do mais pode ser causa de pedofilia; as imagens que são como fotos de nosso avôs/avós na fé, são cera, experimente chutar, nada lhe acontecerá mesmo.... e por ai vai. Peço desculpas pelo meu sarcasmo exagerado, é quase impossível controlar, mas quis apenas mostrar que a diferança não é pequena, quando nos colocamos no mesmo plano que nossos irmãos protestantes de maneira tão leviana assassinamos aspectos essenciais da nossa fé o que não pode acontecer.

Mas agora o clímax dessa conversa toda: e vale a pena ser tão "diferente" assim?

R: Vale!

Por que vale?

Porque quando somos Católicos de verdade, amamos como Cristo e rompemos com a tensão que citei no começo deste texto, não precisamos ter medo de sermos negligentes ou ortodoxos, somos Cristo na vida do outro, não por nosso mérito, é claro, mas porque fazemos parte da Igreja com "I" maiúsculo, corpo místico de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quando a dificuldade de lidar com a diferença surgir e estivermos nesta comunhão não precisaremos da espada ou do saber descomunal, mas do amor que Jesus nos trasmite pela Santa Igreja. Aí você me pergunta agora: Ta bom Diego, não entendi nada, me dê um exemplo? Por Favor!

E eu te digo: Claro meu irmão, veja como este Santo da Igreja logo abaixo nos ensina, este vídeo resume tudo o que escrevi e observe, é Católico e aprendeu a amar na Santa Igreja de Cristo, sendo fiél à mesma até o fim.

A paz de Jesus!

http://www.youtube.com/watch?v=6dto-dePqN4 (o vídeo tem 53 segundos, vale muito mais do que toda a postagem, não deixe de assistir)